segunda-feira, 28 de março de 2011

Rio começa campanha contra dengue inspirada em Cingapura




Por clipping

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio lançaram, neste sábado (26), a campanha “10 minutos contra a dengue”. Segundo a Secretaria, o modelo foi inspirado em uma das estratégias do governo de Cingapura – país localizado no sudeste da Ásia – para combater o mosquito.
A campanha visa estimular a população a investir dez minutos por semana na eliminação de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti em suas casas. Os agentes percorreram os morros da Babilônia, Chapéu Mangueira e o calçadão do Leme, na Zona Sul da cidade.
Cerca de 150 bombeiros e agentes de saúde percorreram vários pontos das comunidades para orientar os moradores sobre como participar da campanha. Até as crianças já sabem o que fazer para eliminar o mosquito da dengue: “Eu já vi na TV que temos que tirar pneus debaixo da chuva e não deixar água nos vasos”, disse Isadora Miranda Gonçalves Domingues, de 9 anos.
Os militares entregaram um guia com os 13 criadouros estratégicos no contexto doméstico e uma tabela para ajudar o morador na checagem semanal. A novidade é que esse trabalho pode ser muito rápido. Além de orientar, o evento nas comunidades contou com shows e atividades para as crianças com foco no combate à dengue.
“A gente está organizando, fez um check-list para que as pessoas dentro de casa, uma vez por semana, pegarem 10 minutos e avaliarem todos aqueles locais onde potencialmente pode ter água parada para eliminar os focos do mosquito”, explicou a subsecretária Hellen Miyamoto.
Epidemia em Cingapura foi interrompida em seis semanas – A iniciativa foi inspirada num trabalho que interrompeu uma epidemia de dengue em Cingapura entre os anos de 2004 e 2005. “O que funcionou lá foi uma grande mobilização da população e voluntário de dentro de casa. Em seis semanas a epidemia estava interrompida”, explicou a bióloga Denise Valle, pesquisadora da Fiocruz.
Na quadra do Morro Chapéu Mangueira, moradores formaram uma corrente contra o mosquito. “A gente perde muito mais tempo em bobagens do que contribuir com 10 minutos para o combate a dengue”, declarou o aposentado José Luiz.
Hospital investiga morte de menino – O Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, está investigando a morte de um menino de dez anos morador de Queimados. A causa mais provável, segundo os médicos, é que ele tenha morrido de dengue.
Na capital, a prefeitura montou um esquema de atendimento para pacientes com suspeita da doença. Postos de saúde e clínicas da família estão funcionando todos os dias, em 12 bairros, das 8h às 20h. Os equipamentos analisam as amostras de sangue dos pacientes no local. O resultado – confirmando se a pessoa tem ou não dengue – sai rapidamente.
Casos no Rio – Na tarde de quarta-feira (23), a Secretaria estadual de Saúde confirmou na morte de 18 pessoas por dengue no estado do Rio de Janeiro. De 2 de janeiro a 19 de março, foram notificados 26.258 casos suspeitos de dengue no estado do Rio de Janeiro.
A Secretaria informou ainda que os municípios de Seropédica, Guapimirim, ambos na Baixada Fluminense, e Mangaratiba, na Costa Verde, enfrentam uma epidemia de dengue, mas dos tipos 1, 2 e 3. (Fonte: G1)

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