terça-feira, 29 de novembro de 2011
Polícia Militar do Estado de São Paulo completa 180 anos e apresenta a 10ª Cantata de Natal
A Polícia Militar do Estado de São Paulo completa 180 anos no dia 15 de dezembro (abaixo, a história). Para comemorar a data, será realizada a 10ª Cantata de Natal no prédio do 5º BPM/I, no dia 8 de dezembro, às 20h.
Sob a direção artística e musical de Carlos Gouvêa e com o apoio da empresa Origem Gestão de Eventos, a Cantata deste ano tem o patrocínio da Sabesp e o apoio da Prefeitura Municipal e do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté.
Segundo os organizadores, a edição deste ano vai trazer muitas novidades com a participação de 140 alunos da escola estadual Jacques Felix.
A apresentação segue os moldes do Palácio Avenida, em Curitiba, onde as janelas do prédio do batalhão da avenida Independência servem de palco para um musical que todos os anos leva mais de cinco mil pessoas para assistirem a um espetáculo de luzes, sons e fogos de artifício.
Neste ano, um ingrediente que poderia passar despercebido pelo público: a escola Jacques Felix comemora uma sensacional história de superação. Depois de ser considerada uma das piores escolas estaduais de Taubaté, coordenação, alunos, pais, professores e comunidade se uniram e "deram a volta por cima" e, em dois anos, melhoram todos os índices de avaliação e já figura entre as melhores. "Natal, esperança, superação, vitórias. Esses são os ingredientes da cantata deste ano. É essa história que vamos contar" afirma Gouvêa.
Dia: 8 de dezembro de 2011
Hora: 20h
Local: Avenida Independência, 247
Polícia Militar do Estado de São Paulo - 180 anos de história
Debatia-se o Brasil, em 1831, com vários problemas políticos. Solução: mais polícia nas ruas.
Quando, a cinco de julho daquele ano, o padre Diogo Antonio Feijó assumiu o Ministério da Justiça, havia de um lado os liberais que clamavam pela República já, e, de outro, os restauradores, partidários da volta do Brasil à coroa de Portugal. Nos quartéis, campeavam motins. Diante da situação, o novo ministro resolveu criar a Guarda Municipal Permanente, uma polícia uniformizada e militarizada.
Na mesma ocasião, foi também dada autorização às províncias para que criassem corporações semelhantes. Em São Paulo, o presidente da província, Rafael Tobias de Aguiar, instituiu a Guarda Municipal Permanente a 15 de dezembro de 1831, do que surgiria a atual Polícia Militar.
Chamada posteriormente de Corpo Policial Permanente, a nova corporação compunha-se de duas companhias de infantaria e uma seção de cavalaria. Em 1848, um regulamento estende as atividades do Corpo Policial para outras cidades, com a sua presença, em 1864, já em 50 municípios, além da Capital.
Guerra dos Farrapos
Sete anos depois de sua fundação, o Corpo Policial Permanente participaria da denominada Guerra dos Farrapos. Naquela época, 1838, os limites da Província de São Paulo estendiam-se até o rio Negro. Curitiba, chamada então de Nossa Senhora dos Pinhais de Curitiba, era sede da 5ª Comarca de São Paulo.
Em 1835, eclodira no Rio Grande do Sul a Guerra dos Farrapos (1835-1845) com o objetivo de estabelecer naquela província uma república confederada, como modelo para outras. Os rebeldes gaúchos estacionaram suas tropas na vila de Lages, Santa Catarina, fazendo o presidente da Província de São Paulo, Venâncio José Lisboa, temer seu avanço para São Paulo. Num sentido preventivo, ele resolveu deslocar para a região, 54 homens do Corpo Policial Permanente, que chegaram a participar de batalhas.
Guerra do Paraguai
No início de 1865, 250 homens da corporação, entre praças e oficiais marcharam para Santos para dali, por via marítima, dirigirem-se ao sul com o objetivo de enfrentar o Exército do Paraguai, país contra o qual o Brasil declarara guerra.
Assim, para substituir aquele efetivo, foi criado na cidade o Corpo Policial Provisório, formado por 80 homens. Entretanto, a maior parte do próprio Corpo Provisório, já então, composto de 300 homens, foi mandada, em 1866, para a guerra. Com a volta do Corpo Policial Permanente, em 1868, o Corpo Provisório foi extinto, sendo seu efetivo absorvido pelo primeiro.
Força Pública
A 24 de novembro de 1891 extinguiram-se o Corpo Policial Permanente e a Companhia de Urbanos, policial municipal de São Paulo do qual fazia parte o Corpo de Bombeiros. No lugar de ambas, surgiu a Força Pública (primitiva denominação da Polícia Militar) com a anexação do Corpo de Bombeiros
Aviação
A Força Pública, nas primeiras décadas do Século XX, chegou a constituir-se num pequeno exército. Possuiu inclusive artilharia e aviação. Assim, equipada e adestrada, a corporação serviu de ponto de apoio para os movimentos revolucionários de 1924, 1930 e 1932.
Herança da missão francesa, seus uniformes eram de calças vermelhas e jaquetas azuis. Depois, adotou-se um uniforme mais discreto, de uma cor só, cáqui.
Em 1970, a fusão da Força Pública com a Guarda Civil (de que fazia parte a Polícia Feminina) resultou no surgimento da Polícia Militar com o monopólio do policiamento ostensivo da cidade.
Como órgão auxiliar do Exército, a PM aprimorou suas técnicas de combate às manifestações populares. Suas atividades contra as ações chamadas de “atividades subversivas” receberam o reforço de cães adestrados, equipamentos como máscaras contra gases, bombas de gás, lança-bombas e capacetes a prova de pedradas. E de 1970, até os meados da década de oitenta, quando se criou a Polícia Metropolitana, a PM foi a única polícia uniformizada de São Paulo.
A Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) tem por função primordial o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública paulista. Para fins de organização é uma força auxiliar e reserva do Exército brasileiro, assim como suas coirmãs e integra o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social brasileiro e está subordinada ao Governo do Estado de São Paulo através da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP). Seus integrantes são denominados militares estaduais, assim como os membros do Corpo de Bombeiros Militar de São Paulo. Atualmente, em efetivo, é a maior polícia do Brasil e a terceira maior da América Latina, contando com mais de 100.000 militares.
O 5º Batalhão
O Quinto Batalhão de Policia Militar do Interior - General Júlio Marcondes Salgado, foi criado pela lei nº 491 de 29 de Dezembro de 1896, que "reorganizava a Força Pública do Estado de São Paulo" e pelo decreto 439, de 20 de março de 1897, que dava regulamento a Guarda Cívica do Interior de Estado".
Desde então, esta unidade vem descrevendo na longa trajetória de sua existência a história vibrante e luminosa de 114 anos de trabalho glorioso e fecundo, acompanhando passo a passo o programa de São Paulo.
Dentre seus feitos de glória, destacamos também sua participação na Revolução Constitucionalista de 1932, a maior demonstração dos paulistas de amor à causa da democracia, inclusive com o sacrifício das próprias vidas, a exemplo do nosso ex-comandante, o heróico GENERAL JÚLIO MARCONDES SALGADO, que derramou seu sangue em prol da nobre causa.
Em 11 de outubro de 1932, o Boletim Geral nº 237 publicou sob o título “Destacamento - Atendendo às necessidades da manutenção da ordem pública no interior do Estado e conforme a determinação do Senhor Chefe de Polícia, deverão seguir no mais curto prazo possível, os destacamentos recolhidos por ocasião da mobilização geral. As sedes dos batalhões destacados serão localizadas nas seguintes cidades: 3º BCP - Ribeirão Preto, 4º BCP - Bauru, 5º BCP - Taubaté, 6º BCP - Santos, 7º BCP - Itapetininga, 8º BCP - Campinas e 9º BCP na Capital.”
Em 28 de outubro de 1932 o 5º BC destacou-se de seu aquartelamento na Capital e seguiu com destino a cidade de Taubaté aquartelando-se no Instituto Correcional, atual Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté.
Em 12 de março 1936 transferiu-se para o prédio localizado na Praça Dr. Monteiro nº 1 onde permaneceu até 25 de março de 1950 quando foi oficialmente inaugurado o prédio onde atualmente está instalado.
O 5º BPM/I, é considerado “ Unidade Mãe” das Organizações Policiais Militares sediadas no Vale do Paraíba, as quais se desmembraram visando uma maior eficácia em nossa missão constitucional de Preservação da Ordem Pública.
O desmembramento começou em 1973 com a criação do 27º BPM sediado em São José dos Campos, sendo remanejada para a nova unidade a então 2º Cia do 5º BPM; em 1979 com a criação do 23º BPM/I, abrangendo as cidades do fundo do Vale, a área de abrangência ficou ainda mais reduzida.
Através de publicação do item 22 do Boletim Geral nº 188, de 02Out75, o então 5º BPM passou a denominar-se 5º Batalhão de Polícia Militar do Interior.
Atualmente, além de desenvolver atividades próprias de policiamento preventivo em diversas cidades, principalmente com ênfase ao Policiamento Comunitário, tem também a incumbência de cuidar da segurança externa de um Complexo Penitenciário existente na Região.
Não se pode também esquecer que o 5º BPM/I, constitui uma tradicional Unidade de Ensino, desenvolvendo diferentes cursos de Formação de Soldados, Cabos e Sargentos; além de Estágio de Atualização Profissional de todos os componentes do Comando de Policiamento de Área do Vale do Paraíba e Litoral Norte.
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