quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Mortes por dengue mais que triplicaram no Rio entre 2009 e 2010, segundo Secretaria de Saúde




Por clipping
O número de óbitos causados pela dengue mais que triplicou entre 2009 e 2010, passando de 12 para 39 mortes, embora os dados de dezembro ainda não estejam computados pela Secretaria Estadual de Saúde. Entre 3 de janeiro e 4 de dezembro deste ano foram notificados em todo o estado 27.855 casos da doença, provocada pela picada do mosquito Aedes aegypti, contra um total de 12.403 registrados ao longo de todo o ano passado.
Para evitar a ocorrência de uma epidemia semelhante à ocorrida em 2008, quando foram notificados mais de 255 mil casos de dengue no Rio de Janeiro, com o registro de 240 mortes, o estado montou um plano de contingência, que envolve os 92 municípios fluminenses.
Segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológico e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, este ano está ocorrendo uma inversão de tendência em relação a 2009. “Os dados epidemiológicos mostram uma queda no número de casos ao longo do ano e atestam que tivemos picos de incidência da doença nos meses mais frios do ano, invertendo a tendência que vinha se verificando até então, de maior incidência do vírus em estações mais quentes.”
Os dados, ressalta ele, vêm indicando que a incidência do número de notificações está caiando mês a mês, passando do pico verificado em maio, quando foram notificados 6.837 casos, para apenas 404 agora em novembro. “Ainda assim, não podemos descartar a possibilidade de uma epidemia neste verão e, por isso, a gente sempre trabalha e se prepara sempre para o pior cenário.”
De acordo com Chieppe, a ocorrência do número de casos depende de alguns fatores: presença do mosquito, presença do vírus e população susceptível. “Tenho hoje, por exemplo, identificada a reentrada do vírus tipo 1 no estado, o que para a gente é significativo. A nossa preocupação agora passou a ser com a região metropolitana por causa da densidade populacional e por conta da circulação do vírus tipo 1. Esse é um vírus que não era detectado desde a década de 80 e para o qual a população não está mais preparada.”.
O superintendente de Vigilância Epidemiológica do estado não acredita, porém, na repetição do cenário verificado em 2008, quando ocorreram mais de 255 mil notificações e 240 mortes. Ele afirmou que a Secretaria de Saúde está acompanhando a evolução da epidemia, que “vem apresentando um caráter cíclico identificado em todo o território nacional.” (Fonte: Nielmar de Oliveira/ Agência Brasil)

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