quarta-feira, 29 de junho de 2011

São Paulo teve a madrugada mais fria dos últimos oito anos




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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou terça-feira (28) a madrugada mais fria dos últimos oito anos na cidade de São Paulo. Os termômetros marcaram de 6,1 graus Celsius (ºC) no Mirante de Santana, na Zona Norte da capital. O frio só não foi mais intenso que o registrado em 2003, quando a temperatura caiu para 5,9º C. O Inmet faz a coleta de dados de forma convencional.
Já de acordo com os dados das estações automáticas do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da prefeitura de São Paulo, as temperaturas foram ainda mais baixas nesta madrugada. Em Parelheiros, extremo sul da capital, foram registrados 2,3ºC. Em Tremembé, na região norte, o termômetro digital marcou 2,4ºC.
Apesar do frio intenso, o taxista Alfredo Ribeiro, de 60 anos, não se mostrou surpreso. “Eu não me surpreendo com o frio porque vivo aqui há muito tempo. Antigamente, tínhamos muito mais frio. Hoje, temos apenas alguns poucos dias de frio durante o inverno”, disse ele.
As baixas temperaturas pegaram a auxiliar de atendimento Vera Gomes de Sousa desprevenida. “Quando fui tomar o ônibus, passei frio no ponto. Eu sabia que ia esfriar, mas não achei que seria tanto”.
Os aeroportos de Guarulhos e do Campo de Marte registraram 3°C por volta das 6h. No Aeroporto de Congonhas, zona sul da capital, os termômetros marcaram 7°C às 7 horas.
A Polícia Civil de Juquitiba, cidade da Grande São Paulo, confirmou que um morador de rua de cerca de 70 anos pode ter morrido de frio nesta última madrugada. Segundo a polícia, ele foi encontrado, sem marcas de violência, na manhã de terça-feira, na Praça Manuel Jesuíno, no centro da cidade. Ainda será necessária a conclusão da perícia para confirmar a causa da morte do morador, conhecido como Russo.
De acordo com o CGE, as madrugadas deverão continuar frias, com mínimas que podem chegar aos 8ºC. Ao longo do dia, o sol eleva as temperaturas, com máximas previstas em torno dos 21ºC. Como é comum durante o inverno, as condições atmosféricas da capital paulista dificultam a dispersão de poluentes e prejudicam a qualidade do ar. (Fonte: Bruno Bocchini/ Agência Brasil)

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