segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Biodigestor produz eletricidade através de dejetos de animais




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A região oeste do Paraná é famosa pela beleza das Cataratas do Iguaçu, um belo espetáculo da natureza. É também a terra de um gigante da engenharia humana. Construída na fronteira com o Paraguai, a hidrelétrica de Itaipu é a maior geradora de eletricidade do mundo.
Além da beleza das cataratas e da grandiosidade de Itaipu, a região também se destaca pela força do agronegócio. O oeste do Paraná tem muita soja e milhares de fazendas de criadores de porcos, aves e gado de leite.
A abundância de cereais é fundamental para o abastecimento de granjas e confinamentos, que são numerosos na região. E onde tem muito rebanho, tem muito dejeto e muito combustível para geração de energia.
Cícero Bley Júnior é um defensor da produção de eletricidade no campo. Agrônomo e engenheiro, ele é superintendente de Energias Renováveis de Itaipu. Segundo Cícero, o biogás produzido nos biodigestores tem um potencial imenso no Brasil. “A grande energia renovável do Brasil é o biogás porque ela está difusa no espaço todo e é mais disponível em termos de custo-benefício. Tudo o que for orgânico contém o metano com potencial de conversão em energia elétrica, uma nova vocação para o campo”.
Para transformar a vocação em energia de fato, a equipe de Itaipu organizou um projeto pioneiro. Tocado em parceria com a Copel, a Companhia Paranaense de Energia, o trabalho já funciona em 41 propriedades da região.
Na fase de lactação, as vacas de uma propriedade que se dedica à produção de leite ficam confinadas em galpões, onde recebem diariamente silagem e ração, comida balanceada, servida no cocho. Além de oferecer alimento farto e de qualidade, os donos também se preocupam com o bem-estar do rebanho. Um ambiente limpo e confortável é importante para a saúde e a produtividade, por isso, as vacas são tratadas de maneira especial, com ventiladores, ar condicionado e até massagem.
Com tanto cuidado, as vacas produzem diariamente 20 mil litros de leite em três ordenhas. O problema desse tipo de manejo é o alto custo com energia elétrica e a grande quantidade de dejetos. “Quanto maior o volume de vacas em sistema de confinamento, fora do pasto, o grande desafio do produtor é dar destino aos dejetos”, explica Sandro Viechnieski, pecuarista e veterinário. (Fonte: G1)

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