quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Equipe de Abordagem Social e Voluntários realizam jantar de confraternização para moradores de rua de Pindamonhangaba

11/12 Na ultima sexta-feira, dia 07 de dezembro de 2012, aconteceu em Pindamonhangaba um jantar de acolhimento e confraternização para as pessoas que vivem em situação de rua no município. Atualmente vivem nas ruas da cidade cerca de 30 pessoas, entre homens e mulheres, ocupando praças e locais de grande concentração, bem como o fluxo de migrantes que esta em torno de 10 pessoas em trânsito diário pelo município. O jantar teve o objetivo de acolher e confraternizar com essas pessoas, buscando sensibilizar cada uma delas para que deixem as ruas e procurem ajuda. A equipe foi composta por voluntários de Grupos de Oração, membros dos Conselhos de Direitos e equipe técnica da Abordagem Social da Prefeitura de Pindamonhangaba, bem como o apoio logístico e material do Fundo Social e Entidades Sociais. Ao todo trabalharam no evento cerca de 30 pessoas, sendo atendidos aproximadamente 40 moradores de rua no Centro Comunitário do bairro Alto Cardoso e nas ruas da cidade. Também aconteceu o resgate das ruas dos “irmãos”, corte de cabelo e higiene pessoal. O evento ofereceu possibilidades de tratamento da dependência química em clínica de recuperação, retirada de documentos, auxílios emergências, entre outros serviços. Nas ruas foram visitados pontos de ônibus no centro, Mercado Municipal, as praças do Cruzeiro, Monsenhor Marcondes, João de Faria Fialho – largo do quartel, Emílio Ribas, Santa Luzia, Santa Terezinha, terminal rodoviário, debaixo da ponte do Rio Paraíba, ruas do centro e do Distrito de Moreira César, entre outros locais. A equipe de abordagem vem encontrando resultados positivos em relação ao trabalho com as pessoas em situação de rua, oferecendo diariamente auxílios e serviços. “Acreditamos que é possível mudar de vida, mesmo quando se está em uma das piores condições de, como por exemplo viver nas ruas. Muitas das pessoas abordadas nas ruas recusam atendimento e apoio, pois têm uma falsa idéia de liberdade e controle sobre suas atitudes. O perfil está sendo estudado e atualmente são aproximadamente 30 pessoas em situação de rua, sendo a maioria munícipes com residência ‘fixa’ e família em Pindamonhangaba. Cerca de 90% são homens, com idade entre 20 e 60 anos, dependentes químicos de drogas lícitas e ilícitas, com os vínculos rompidos com a família e sem perspectivas de vida”, comenta o assistente social Maurício Faria. De acordo com Faria o serviço é fundamental para as demandas desses usuários devido às dificuldades das pessoas que utilizam as ruas como moradia. A equipe de abordagem é formada por um assistente social, dois educadores e um motorista. O assistente social Maurício Faria, responsável pelo serviço, está desenvolvendo um programa para atendimento voltado a essas pessoas. O trabalho já apresenta resultados na diminuição do número de pessoas em situação de rua, bem como encaminhamentos para albergues/abrigos, repasse de vale transporte para migrantes, possibilidades para mercado de trabalho, elaboração de currículos, encaminhamento para clínicas de recuperação, retirada de documentação e atendimento social qualificado com escuta, acolhimento e orientações. Outros resultados já foram alcançados, como o retorno de um migrante do Rio Grande do Sul, que morava debaixo de uma árvore há mais de um ano; o caso de um idoso que morava nas margens de uma rodovia e foi encaminhado para um quarto alugado; as diversas histórias de munícipes e migrantes que são resgatados diariamente e levados para suas casas, devido ao consumo de bebidas alcoólicas. A abordagem funciona 6 horas por dia de forma alternada e os contatos para informar sobre pessoas em situação de rua é o (12) 9615-6050 ou através do CIAS, que fica na rua Euclides de Figueiredo, 92, Alto Cardoso, ou pelo telefone (12) 3643-1607. “Acreditamos no poder de mudança de cada pessoa e momentos como o jantar que realizamos, visa acolher e sensibilizar essas pessoas para que deixem as ruas e vivam com dignidade. A ajuda pela ajuda e sem objetivos é apenas assistencialismo e manutenção da pobreza, sendo que, o que buscamos é a melhoria e mudança na vida das pessoas que vivem nas ruas. Agradecemos a todos que nos ajudam nesse movimento de ação social”, finaliza Faria.

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