quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Educação - Lenita Maria Costa de Almeida

Educação é um assunto que tem começo mas não tem fim. São vários os caminhos de abordagem, cada qual levando o leitor a finalizações diferenciadas. Na atualidade e da metade do século passado para cá, poderíamos dizer que o advento do computador, gerou muita polêmica, em se tratando da sua aplicação no campo educativo, mas essa tecnologia veio para ficar. Kevin Kelly, da revista ”World” rebate críticas à era da informática. “Kelly sustentou que o cataclisma previsto por Sale (colapso econômico global, guerra com ricos e pobres e desastre ambiental) para 2020 não acontecerá’ Kevin é um dos otimistas tecnológicos. Sua revista promove uma geração de profissionais emergentes ligados à computação. Diz outro especialista – Neil Postman – que os problemas da revolução tecnológica são mais complexos do que a destruição das máquinas. Parafraseando Aldous Huxley,”não será preciso banir livros, porque ninguém vai querer ler.” “Isso é o pior que pode acontecer com o revolução tecnológica . Isso é preocupação. Quebrar os computadores seria falta de tempo e energia.. As pessoas não terão consciência de que estão sendo manipuladas. Aceitarão passivamente a expansão sem limites da tecnologia, porque terão perdido o direito de pensar.” Essa reportagem foi publicada na Folha de S.Paulo em 12-11-95-cad.1 fls. 17/18 O bom de se consultar o “velho“ é melhor para refletir sobre o “novo” . Não é preciso procurar provas da expansão tecnológica. Ela está aí e nós, querendo lançar nossos olhares sobre um futuro, que, nem sabemos se chegará, para melhor educar nossas crianças. A verdade é que o ganho mercenário vem tomando proporções nunca antes imaginadas. Palavras como globalização, que podem remeter ao poder local e às suas consequências da nossa dívida externa. Na verdade é um global que agrega também poderes municipais e federais, no trato de nossa dívida externa global. A Transnacional – no meu entendimento – é , de certa forma, pior do que a globalização. A Transnacional instala sua empresa em determinado lugar. Se impostos ou outros que tais não lhe agradem, fecha a fábrica, despede os empregados e vai instalar-se onde melhor lhe convier. Daí a grande pergunta: educar para que ou para quem? O estresse bate feio na cabeça dos pensadores. O momento é de muita reflexão, não só pelos intelectuais, mas reflexivo também para nós, alvos de tanta ousadia para benefício próprio. O quadro exposto é alicerce para meditar. Remete para um fazer reflexivo. Esboça as perspectivas atuais para a educação. Quando se fala em perspectiva, fala-se também em tomar um certo distanciamento do objeto que se quer analisar, para que a visão seja mais ampla, com mais oportunidade de acerto. Por muito que pesquisasse não encontrei em parte alguma, referências à educação num campo real e verdadeiro – o da alma. Como contribuir com a educação para conscientizar os educandos de que somos feitos de carne, osso e espírito? Como a própria tecnologia pode olhar, ou melhor, criar seus inventos pensando o homem como criatura humana, que urge crescer e não ficar à mercê dos “brinquedinhos tecnológicos“ que, fazem do homem o reducionismo de si mesmo, envolvido nos novos instrumentos tecnológicos. São técnicas que envolvem a pessoa com sedutor encantamento e o subtrai da verdade. Sem a ferramenta do seu próprio cérebro, completamente robotizado, como agirá a pessoa na corrente da vida, se não for perguntar ao computador? Observo que as igrejas de todos os credos se multiplicam. Lendo nas entrelinhas, vejo nessa movimentação social um grito de ajuda, buscando Jesus de todas as formas, como o único Salvador nessa rinha de galos em que se tornou nosso mundo. Perspectivas atuais da Educação Moacir Gadotti

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